quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mídia desonesta

Alguns dias atrás estava com alguns amigos discutindo sobre a mídia e sua manipulação, e um amigo defendia a Globo como sendo a única dotada de uma ética jornalística que as outras emissoras não teriam, nesse momento pude perceber o quanto a Globo consegue através de um formato de jornal dito por ela "passiva", manipular e enganar seus telespectadores. 
Se olharmos com um olhar mais crítico podemos perceber o quanto esta empresa de comunicação consegue lograr os seus telespectadores através de seu jornalismo, mostrando apenas a versão que interessa a ela e seus parceiros. Um exemplo mais claro disso, é quando deflagra uma greve em algum segmento da sociedade. A Globo e não só ela como toda a mídia burguesa, rapidamente vai mostrar os prejuízos que esta greve esta causando para a sociedade. Pouco é mostrado o motivo real da greve e o que aqueles trabalhadores estão sofrendo com salários baixos entre outras reivindicações. 
Sinceramente não sei qual o pior: A Globo e a Record com seu jornalismo dito "Parcial", ou o a "Band" com o seu espalhafatoso e preconceituoso Datena. (Cito aqui também Rede TV, SBT, e toda mídia burguesa) 
E olha que não estamos falando de programas como BBB e Fazenda. Porque aí o buraco é mais embaixo ainda. 
É nesse momento que podemos perceber o quanto o nosso povo brasileiro carece de uma mídia que possa trazer cultura, política, informação, educação, cidadania de uma forma passiva realmente sem que esteja a mercê de Empresas que patrocinam este espetáculo com o único objeto de lucrar e lucrar.

Pela CPI da Mídia urgente!!!!!


Vejamos Agora uma reportagem retirada do site Pragmatismo Político

Globo, Folha e Abril ameaçam governo Dilma em caso de CPI da Mídia


Principais grupos de comunicação fecham pacto de não agressão e transmitem ao planalto a mensagem de que pretendem retaliar o governo se houver qualquer convocação de jornalistas ou de empresários do setor. Porta-voz do grupo na comissão é o deputado Miro Teixeira. Na Inglaterra, um país livre, o magnata Rupert Murdoch depôs ontem
Há exatamente uma semana, o executivo Fábio Barbosa, presidente do grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira. Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Júnior, ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona.

Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada “CPI da Veja” ou “CPI da mídia”. João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. E este grupo já tem até um representante na CPI. Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo:
“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação”.
O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais.
Inglaterra, um país livre
Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo.
Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram nesta manhã o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão. Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre.
O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.

Um comentário:

Carlos Eduardo Sousa Silveira disse...

eu apenas acho a globo menos sensacionalista e não faz com que você fique ouvindo sempre a mesma notícia até surgir outra mais "lucrativa".!