Saviani Dermeval no seu livro Histórias das idéias pedagógicas traz com bastante ênfase a história da Educação brasileira. Segundo ele: “O Brasil entra para a história da “civilização ocidental e cristã” em 1500, com a chegada dos Portugueses” (Saviani, 25, 2008), é claro que a educação no Brasil não começou após a “invasão”, pois era através da educação que as tribos passavam seus conhecimentos de geração a geração, mais é a partir deste acontecimento que a educação é vista como uma instituição com o único objetivo de transmitir conhecimentos.
Portugal, com o objetivo de explorar as terras desconhecidas, envia então Jesuítas, ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola, para que os mesmos convertessem os índios ali residentes na religião católica. Segundo Dom Pedro: “Porque a principal coisa que me moveu a mandar povoar as ditas terras do Brasil foi para que a gente delas se convertessem a nossa santa fé católica” de modo que os gentios “possam ser doutrinados e ensinados nas coisas de nossa santa fé” (Dom João III, 1992, PP 145 e 148).
Saviani, ainda no primeiro capítulo faz um estudo da palavra colonização, chegando a um significado bastante amplo em três dimensões: em primeiro lugar a posse e exploração da terra, em outras palavras a invasão, em seguida a aculturação, segundo o dicionário digital Aurélio, significa: o processo decorrente do contato mais ou menos direto e contínuo entre dois ou mais grupos sociais, pelo qual cada um desses grupos assimila, adota ou rejeita elementos da cultura do outro, seja de modo recíproco ou unilateral, e podendo implicar, eventualmente, subordinação política, e por último a catequese, que não deixa de ser também uma aculturação, pois os índios foram obrigados a deixar suas crenças, para acreditar em um novo Deus, imposta pelos Colonizadores.
Nosso autor destaca no processo colonizador brasileiro três estágios importantes: a primeira etapa corresponde ao chamado “período heróico” que foi da chagada dos Jesuítas até a morte de Anchieta em 1597, a segunda etapa é marcada pela organização e colonização da educação jesuíta e a terceira etapa corresponde à fase pombalina.
No início do segundo capítulo Dermeval Saviani coloca que quando a esquadra de Pedro Álvares Cabral chegou nestas terras posteriormente conhecida como Brasil, encontrou aqui uma população há séculos estabelecida, os mesmos vivam um comunismo primitivo, vivendo a partir do que extraiam da natureza para sua sobrevivência. Segundo ele, se havia população é lógico que havia também uma organização social e uma educação. Educação esta que era realizada a partir da família, segundo uma determinada organização por idade e sexo. Segundo o autor, esta educação se baseava em três elementos básicos: a força da tradição, a força da ação e a força do exemplo.
Segundo Dermeval a 1ª fase da educação Jesuíta foi marcada pelo plano de instrução elaborado por Nóbrega. O plano descrevia a forma de educação iniciando-se pelo Português, passando pela doutrina cristã tendo como opcional o canto orfeônico e a música instrumental, sem esquecer é claro do aprendizado profissional agrícola. Devido à grande resistência indígena os jesuítas investiram em crianças brancas e órfãs para atrair as crianças indígenas e por meio deles, conquistar os pais.
Outra característica bastante importante na educação indígena veio de Anchieta que usava quase os mesmos métodos e procedimentos de Nóbrega, mas Anchieta diferenciou-se por dominar a “língua geral” falada pelos índios, assim ficou mais fácil organizar uma gramática para o serviço pedagógico, além da criação de peças teatrais mostrando a luta entre Tupã-Deus e Anhangá-demônio.
É no final do segundo capítulo que Dermeval expõe um pouco mais sobre a educação católica no Brasil, segundo ele existe uma rivalidade muito grande entre os jesuítas e franciscanos sobre quem foi o precursor da educação brasileira, mas, ainda segundo ele, foram os frades que iniciaram as primeiras técnicas de pedagogia, chegando a construir recolhimentos que funcionavam como internatos com o objetivo de doutrinar e ensinar a lavrar a terra e outros ofícios. Passaram por ali também, beneditinos, carmelitas, mercedários, oratorianos e capuchinos, mas estes últimos atuaram de forma dispersa e intermitente já que vieram sem o apoio oficial. Os colégios jesuíticos encontravam grande dificuldade financeira, por este motivo a coroa portuguesa adotou a redízima, onde dez por cento de tudo que era arrecado na colônia portuguesa era destinado à manutenção dos colégios.
O autor descreve no decorrer do terceiro capítulo algumas formas de educação estudadas e utilizadas por outros países e que Inácio Loyola veio a escolher para implantar em outras escolas que vieram a ser construídas na época do Brasil - colônia.
Por fim, concluindo nosso estudo Saviani Dermeval, em seu livro Histórias das idéias pedagógicas, nos mostra uma exposição bastante complexa sobre o início da educação brasileira, onde infelizmente esta educação não tinha o objetivo real de ajudar, ou ensinar por querer bem, mas sim explorar e escravizar uma população que já existia aqui a centenas de anos atrás e que foram obrigados a substituir a sua cultura por uma nova cultura.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil, 2.ed. Campinas, SP: Autores associados, 2008.
Portugal, com o objetivo de explorar as terras desconhecidas, envia então Jesuítas, ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola, para que os mesmos convertessem os índios ali residentes na religião católica. Segundo Dom Pedro: “Porque a principal coisa que me moveu a mandar povoar as ditas terras do Brasil foi para que a gente delas se convertessem a nossa santa fé católica” de modo que os gentios “possam ser doutrinados e ensinados nas coisas de nossa santa fé” (Dom João III, 1992, PP 145 e 148).
Saviani, ainda no primeiro capítulo faz um estudo da palavra colonização, chegando a um significado bastante amplo em três dimensões: em primeiro lugar a posse e exploração da terra, em outras palavras a invasão, em seguida a aculturação, segundo o dicionário digital Aurélio, significa: o processo decorrente do contato mais ou menos direto e contínuo entre dois ou mais grupos sociais, pelo qual cada um desses grupos assimila, adota ou rejeita elementos da cultura do outro, seja de modo recíproco ou unilateral, e podendo implicar, eventualmente, subordinação política, e por último a catequese, que não deixa de ser também uma aculturação, pois os índios foram obrigados a deixar suas crenças, para acreditar em um novo Deus, imposta pelos Colonizadores.
Nosso autor destaca no processo colonizador brasileiro três estágios importantes: a primeira etapa corresponde ao chamado “período heróico” que foi da chagada dos Jesuítas até a morte de Anchieta em 1597, a segunda etapa é marcada pela organização e colonização da educação jesuíta e a terceira etapa corresponde à fase pombalina.
No início do segundo capítulo Dermeval Saviani coloca que quando a esquadra de Pedro Álvares Cabral chegou nestas terras posteriormente conhecida como Brasil, encontrou aqui uma população há séculos estabelecida, os mesmos vivam um comunismo primitivo, vivendo a partir do que extraiam da natureza para sua sobrevivência. Segundo ele, se havia população é lógico que havia também uma organização social e uma educação. Educação esta que era realizada a partir da família, segundo uma determinada organização por idade e sexo. Segundo o autor, esta educação se baseava em três elementos básicos: a força da tradição, a força da ação e a força do exemplo.
Segundo Dermeval a 1ª fase da educação Jesuíta foi marcada pelo plano de instrução elaborado por Nóbrega. O plano descrevia a forma de educação iniciando-se pelo Português, passando pela doutrina cristã tendo como opcional o canto orfeônico e a música instrumental, sem esquecer é claro do aprendizado profissional agrícola. Devido à grande resistência indígena os jesuítas investiram em crianças brancas e órfãs para atrair as crianças indígenas e por meio deles, conquistar os pais.
Outra característica bastante importante na educação indígena veio de Anchieta que usava quase os mesmos métodos e procedimentos de Nóbrega, mas Anchieta diferenciou-se por dominar a “língua geral” falada pelos índios, assim ficou mais fácil organizar uma gramática para o serviço pedagógico, além da criação de peças teatrais mostrando a luta entre Tupã-Deus e Anhangá-demônio.
É no final do segundo capítulo que Dermeval expõe um pouco mais sobre a educação católica no Brasil, segundo ele existe uma rivalidade muito grande entre os jesuítas e franciscanos sobre quem foi o precursor da educação brasileira, mas, ainda segundo ele, foram os frades que iniciaram as primeiras técnicas de pedagogia, chegando a construir recolhimentos que funcionavam como internatos com o objetivo de doutrinar e ensinar a lavrar a terra e outros ofícios. Passaram por ali também, beneditinos, carmelitas, mercedários, oratorianos e capuchinos, mas estes últimos atuaram de forma dispersa e intermitente já que vieram sem o apoio oficial. Os colégios jesuíticos encontravam grande dificuldade financeira, por este motivo a coroa portuguesa adotou a redízima, onde dez por cento de tudo que era arrecado na colônia portuguesa era destinado à manutenção dos colégios.
O autor descreve no decorrer do terceiro capítulo algumas formas de educação estudadas e utilizadas por outros países e que Inácio Loyola veio a escolher para implantar em outras escolas que vieram a ser construídas na época do Brasil - colônia.
Por fim, concluindo nosso estudo Saviani Dermeval, em seu livro Histórias das idéias pedagógicas, nos mostra uma exposição bastante complexa sobre o início da educação brasileira, onde infelizmente esta educação não tinha o objetivo real de ajudar, ou ensinar por querer bem, mas sim explorar e escravizar uma população que já existia aqui a centenas de anos atrás e que foram obrigados a substituir a sua cultura por uma nova cultura.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil, 2.ed. Campinas, SP: Autores associados, 2008.
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