...Homo fóbicas? Pesquisas indicam que as escolas brasileiras são preconceituosas com os gays.
Está na constituição: “todo ser humano tem o direito de expressar sua posição sexual sem sofrer preconceitos ou repressões”, mas na prática a realidade é outra.
Uma pesquisa da fundação Perseu Abramo publicada em 2009 mostra que, quando perguntados sobre pessoas que menos gostam de encontrar, os entrevistados classificaram em quarto lugar os homossexuais (16%) e isto é apenas a ponta do iceberg, quando o estudo é feito na área da educação, o problema é ainda maior, outro estudo divulgado pena UNESCO, revela que 40% dos alunos não gostariam de ter homossexuais como colegas e mais 35% dos pais não gostariam de tê-los como amigos dos seus filhos, sem falar nos professores, que muitos deles incentivados por suas concepções religiosas ou senso comum, vêem a homossexualidade como uma doença, esta última observada num trabalho etnográfico realizado em uma escola municipal da cidade de Bela Cruz.
As escolas convivem diariamente com situações que colocam a orientação sexual dos alunos em discussão, um comportamento de um garoto fora dos padrões “normais” muitas vezes é visto de forma preconceituosa por seus colegas. Os professores tem seu papel importantíssimo neste papel de desmistificação deste “tipo ideal” ele tem que entender que não vai mudar a orientação sexual de um jovem, mas tem como despertar na turma o respeito pela diversidade.
Segundo Lúcia Facco, doutora em literatura comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) “ no dia-a-dia da escola, umas das situações mais incômoda é a manifestação exagerada da homossexualidade. Assumir uma postura de enfrentamento é uma tática de reação muito comum do jovem, que pode se dar por meio de atitudes como afinar a voz, rebolar (menino) ou agir de maneira bem agressiva e engrossar a voz (se menina)” “Quem chama a atenção dessa forma esta defendendo seu jeito de ser, da mesma maneira que o faria um aluno esquerdista que vai à aula vestindo uma camiseta com a estampa de Che Guevara” complementa Ramirez Costa, da ONG Corsa.
Ao iniciar qualquer diálogo o professor deve aceitar a autodefinição da aluna, sem a questionar. A estudante tem o direito de proteção a reações hostis para se ver e se julgar pela sinceridade dos seus desejos, sem preconceitos. Outros estudantes poderão reagir negativamente à presença de um gay na sala de aula, mas lembre-se de que eles também estão preocupados em tentar construir a própria identidade (e pode ser perturbador observar este confronto com alguém que não siga o caminho da maioria). Grande parte dos homossexuais descobre seu desejo sexual na idade escolar. Durante a adolescência, jovens podem ter experiências com colegas do mesmo sexo, o que não é comprovação irrefutável da orientação de alguém. Pode ser um meio de buscar conhecer certas formas de satisfação. Mas pode também ser o momento de uma descoberta, caso o jovem se sinta confortável com a experiência. O problema não é o aluno ser declaradamente gay, mas como podemos aprender (e também ensinar) que são múltiplas as formas de vivenciar os afetos e a sexualidade. A educação deve desmontar estereótipos, veicular conhecimentos objetivos e fomentar nos jovens a capacidade de defender a si próprios de forma não violenta.
2 comentários:
Valeu pelo artigo. Mas como sabemos o sistema educacional "aplicado" nos corformes das deretrizes, da diversidade cultural, não estar atuando como podemos perceber neste meio, já que os próprios educadores sentem a dificuldade em lhe dar com o preconceito, e ao mesmo tempo fazer o repasse para os demais alunos. Falta talves um preparo para estes profissionais para trabalhar este tema, uma vez que se não tradado no lugar certo, pode- se trazer certos desiquilibrio social.
concordo contigo cara, o q encontramos neste país é muita lei e pouco cumprimento, segundo a "lei" brasileira, moramos num país laico e livre, mas ná prática nada disso ocorre... A maioria dos professores são vítimas da cultura vigente...
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