Em 2011 em meio a uma variedade de decepções que os professores belacruzenses tiveram, dentre elas, salários baixos, péssimas condições de trabalho, dentre tantas outras, para mim, uma notícia boa em meio ao caos surgiu.
Defensor assíduo da Escola Pública láica, comemorei ao saber que a munícipio trocaria a Disciplina Ensino Religioso (pode-se ler: Catequese Católica) para Educação e Cidadania, um desafio para o município que a partir de agora acresceria a sua matriz curricular esta nova disciplina que teria como principal objetivo o conhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos .
Em meio a minha euforia surgiram várias questões que aos poucos me aflingiam. A disciplina de Cidadania poderia servir como uma “faca de dois gumes” pois poderia ser usado por “Ideólogos catequizadores” transformando assim a disciplina em outras religião.
Outro fator preocupante seria o material ditático a ser ultilizado, o qual no ano passado não tive a oportunidade de analisar.
Neste ano de 2012 todos os meus anseios cairam por terra, pois a Secretaria de Educação mostrou mais uma vez que formar cidadãos críticos não é objetivo principal desta gestão.
A disciplina Educação e Cidadania foi trocada por Educação Fiscal e Cidadania, de início não entendi o motivo da troca. Depois nos foi apresentado uma xerox de uma apostila com o mesmo título da disciplina, apostila essa usada pela Fundação Demócrito Rocha nos seus cursos à distância. Nada contra esta apostila e muito menos contra o curso, o grande problema é que as metodologias ultilizadas na mesma, não são compatíveis com o nível de aprendizagem dos nossos alunos.
E o pior. É inaceitável mudar o nome da disciplina somente para se adequar a uma apostila produzida para outros fins, que por si só, em ser uma xerox já é motivo de questionamentos, pois sabemos que estes materiais não podem ser copiados sem autorização prévia.
Tudo isso, mais uma vez, mostra o descaso da administração com a educação pública belacruzense, em especial quando se fala na formação do cidadão, pois o capitalismo hoje e seus comandados preferem robôs que se curvem e se calem diantes de seus “reis”.
Quando se fala em educação pública belacruzense, a única preocupação atualmente são com as disciplinas e séries que trazem resultados imediatos nas avaliações externas, para assim burlar e camuflar a realidade nua e crua de nossa cidade.
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